quarta-feira, 18 de outubro de 2017

MAGDA LETÍCIA CONTA SUA TRAJETÓRIA NA LUTA VITORIOSA CONTRA O CÂNCER DE MAMA



O texto a seguir foi publicado pela psicopedagoga Magda Letícia em suas redes sociais e reproduzido aqui com a permissão da mesma. Uma história bela de fé e motivação para os que também lutam contra essa doença. Boa leitura!




Senta que lá vem o textão do Outubro Rosa.
Ontem uma amiga querida entrou em contato me perguntando se podia mostrar umas fotos minhas , minha história para alguém que vem enfrentando o Câncer de Mama tbm. Vem aí então um resumo com atualizações.

Em setembro de 2014 senti um nódulo na mama fazendo o auto exame no banho. Sim, eu fazia auto exame. Eu só tinha 26, mas sabia da necessidade. FAÇAM O AUTO EXAME. Fui a ginecologista que sentiu também, pediu ultrassom e NADA. Segui a vida, mas sentia o nódulo. Mês seguinte ele deu um sinal de vida com uma inflamação , corre pro médico, faz ultra, faz mamografia, e nada. Ai me falaram do Dr. Paulo Couto. Corri lá e ele prontamente pediu uma biópsia. Alguns dias depois (pra mim foi uma eternidade) eu estava na cadeirinha do consultório dele ouvindo as palavras MALIGNO e AGRESSIVO sem entender bem o que me aguardava. E recebendo a primeira lição: SEJA FORTE.
Dali eu fui pra quimio. Ai,ai da um post só pra contar esse capítulo, entre efeitos, internamentos, furadas, desejos gastronômicos e aprendizados. E os acompanhamentos. Foi quando conheci a Dr. Carmelyta Semaan, essa diva da oncologia, que me dá os melhores conselhos (VAI VIVER garota), que tira minhas dúvidas mais malucas, que me acolhe, e que quando eu peço algo sempre diz "Pode, um pouquinho, mas pode".
Passada essa fase complicada, careca, inchada e machucada, veio a cirurgia. Véspera de São João. Agora eu estava mutilada, sem um pedacinho de mim (ahahahaha, piada interna). Mas a cirurgia foi excelente, Dr. Paulo foi tão agressivo quanto o câncer, e tirou tudo o que não devia ficar.
Veio então a radioterapia. E eu conheci o Dr. Diego Rezende. Tão gentil, tão afetuoso, tão fofo. Tão humano. Foram 28 sessões diárias, e quando acabou, eu fiquei com saudade. Saudade da alegria Josilda, de ver as fotos da neta da Val, de estar no Lar da Esperança , saudades dos chás da dona Terezinha, e de todos os companheiros de luta . Ficou o carinho, a amizade, as lembranças de boas histórias. Acabou 2015. Veio um descansinho, e outra etapa chegou.
Em agosto de 2016 eu fui parar lá no consultório do Dr. Frederico Santos, para minha tão sonhada reconstrução. Achando eu que era simples, rápido e indolor, igual a mastectomia. AHAHAHA, que tolinha. Ele já me ensinou logo que cirurgia plástica é igual novela, cada dia um capítulo e ainda cheia de reviravoltas. Foram 5 cirurgias em 1 ano (alôô Guiness Book), teve rejeição, infecção, foi muito choro, muita gaze, muito esparadrapo, muita anestesia (outro capítulo a parte, imagine as besterias que eu disse?) e muito Tramal. Teve a Anne Olliveira, esse anjo, que chegou na minha vida pra ficar. Ela me apertou, judiou de mim, mas eu a amo. Sigo aqui, remendadinha igual a boneca Emília , mas sigo tão feliz. Ainda não 'pronta" , mas Dr. Fred tem muita paciência comigo, e a gente chega lá, sem esquecer o caminho percorrido até aqui.
Vão se passando 3 anos desde o diagnóstico. A sensação de me olhar no espelho e ver não quem eu era, mas quem eu deveria ser, é inigualável. Em tudo sigo dando graças, sigo agradecendo. Deus sabe! E se no começo eu bati um papo chateada com Ele, hoje eu só agradeço. Tudo foi aprendizado, mesmo com as lágrimas, dores e incertezas. Tudo que aconteceu fez de mim a pessoa que sou hoje e essa versão é, sem dúvida, bem melhor.

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