quarta-feira, 7 de junho de 2017

UMA AUTOCRÍTICA POLÍTICA


Na vida todos nós precisamos do exercício da autocrítica. Como gosto muito da política, prezo por pessoas acima de partidos, de projetos acima das paixões. Por isso para 2018 pretendo votar naquele que considero ser o mais preparado para o exercício do cargo mais alto desse país, o cearense Ciro Gomes.

Fui fã ardoroso de Lula e ainda quero lhe dar o benefício da dúvida, embora a cada dia pareça mais difícil. Encaro que o petista manteve seu capital político por duas coisas: a lembrança dos seus dois mandatos onde o país avançou e os mais pobres tiveram mais renda e a parcialidade escancarada tanto da mídia quanto do juiz de Curitiba que atua como parte da acusação e se apaixonou pelo próprio reflexo na mídia e nas redes sociais.

O PT precisa fazer a autocrítica. Foi uma coisa fora do governo e outra dentro dele. Foi fisiologista e acolheu em seu seio muitos dos maiores corruptos do país. Mas entendo que para o povo o PT seja uma coisa e Lula seja outra.

O PSDB precisa da autocrítica tanto quanto o PT. Hoje vemos que é tão fisiologista quanto, que protagonizou escândalos de corrupção tão graves quanto o partido dos trabalhadores com o diferencial de sempre ter sido blindado. Aécio caiu porque estava no olho do furacão, muito próximo a Temer. Muito de nossa crise foi aprofundada pela recusa de Aécio e do PSDB de terem saído derrotados nas últimas eleições. Tanto que o pedido de cassação da chapa foi protocolado pelo tucano. Serra, Alckmin, Dória, todos, se tiverem o passado e a atuação pública devidamente investigados, terão manchas em suas biografias.

Em Pernambuco o PSB precisa da autocrítica. Seus maiores nomes estão envolvidos em suspeitas de corrupção. Eduardo Campos, Paulo Câmara, Geraldo Júlio, Fernando Bezerra Coelho, TODOS estão citados em algum tipo de escândalo.

Nossos políticos votam contra o povo e a favor dos seus interesses. Armando Monteiro (PTB) foi um deles. O Brasil precisa de autocrítica.

Correndo "por fora" vem aquele que troca de partido para se dizer mais honesto que todos os outros. Jair Messias Bolsonaro era PP, um dos mais envolvidos nos últimos escândalos de corrupção. O presidente do seu partido, o mesmo que o batizou nas águas do Jordão, estava vendido a Aécio para atacar Dilma. O Messias que não é o da Bíblia se movimenta alimentando o ódio, o reacionarismo e atacando com violência seus opositores. Ele que já defendeu um golpe, tomar o poder na bala e que se tivesse de morrer gente, morresse!

O que corre por fora é o mais perigoso deles. Ele investe no ódio, no senso comum e no preconceito. Ele investe no medo das esquerdar, ressuscita a bipolaridade inexistente nos dias atuais entre comunistas e capitalistas e espalha desinformação. Ele é a nossa versão do fascismo.

Ou fazemos autocrítica e aprendemos a votar, a tratar políticos como funcionários públicos e enxergamos que não existe salvador da pátria, mas uma pátria a ser salva, ou teremos um Führer a esmagar nosso futuro.

Precisamos de políticos comprometidos com o povo e que despertem esperança ao invés de alimentar nossos medos. Precisamos crescer enquanto membros de um Estado democrático, com mais amor, menos ódio e sem a sombra de um Jair Bolsonaro e o ódio que ele espalha e alimenta.

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