segunda-feira, 22 de agosto de 2016

PROFESSOR EMERSON ENTREVISTA EUDES TENÓRIO, CANDIDATO DO PR A PREFEITO DE VENTUROSA


Hoje o blog divulga a entrevista realizada com o candidato a prefeito de Venturosa pelo PR, o odontólogo Eudes Tenório Cavalcanti, popularmente conhecido como Doutor Eudes. Ele já foi prefeito do município por dois mandatos consecutivos e agora disputa o seu terceiro mandato. A entrevista foi concedida em sua residência, na cidade de Venturosa. Essa entrevista foi registrada em vídeo, no mesmo dia em que entrevistei o candidato do PDT, Charlles de Tonho, sem que nenhum dos dois entrevistados tivesse acesso as respostas do outro. A diferença das datas da divulgação já haviam sido informadas aos entrevistados antes de concederem as entrevistas e as mesmas foram transcritas com fidelidade.
Aos dois candidatos foram realizadas perguntas sobre saúde, segurança pública, juventude e geração de renda.
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Com vocês a entrevista com Dr. Eudes, candidato do PR a prefeito de Venturosa. Boa leitura!


O senhor já foi prefeito duas vezes e ajudou a eleger o seu sucessor, o prefeito Ernandes. Agora, liderando mais uma vez as pesquisas de intenção de votos, retorna para disputar mais uma eleição. A que atribui esse fenômeno?

Eudes: Na realidade não é um fenômeno. A política é feita com o trabalho, com a competência, com o compromisso, com a responsabilidade com o povo. Isso aí eu tive durante os oitos anos que governei Venturosa. Nós tivemos grandes prefeitos que governaram o município nesses cinquenta e quatro anos, mas faltou uma gestão um pouco mais voltada para o povo, com compromisso, com a obrigação de saúde, educação, que na verdade não tinha. Para você ter uma ideia, Venturosa tinha um consultório odontológico e eu deixei vinte. Nós mudamos o perfil da administração de Venturosa, então, acredito que seja por isso.

O processo de sucessão esse ano gerou muitos comentários. Uns defendiam que o prefeito Ernandes disputasse a reeleição, outros pediam o senhor como candidato. Pode explicar para os leitores como se dá o processo de escolha dos candidatos dentro do PR?

Eudes: Não é no PR. É num grupo político que tem compromisso com o povo. E quem tem o compromisso com o povo tem de ouvir primeiro o povo para primeiro tomar uma decisão política. Eu quando fui candidato a primeira vez eu fui para o povo, eu fui contra uma administração, contra um prefeito e eu tinha 43% de intenção de voto na primeira pesquisa que fiz. Então, um candidato de uma oposição com 43% ele não pode deixar de ser candidato. Então, o que viabilizou minha candidatura foi isso. E isso continua de 12 anos para cá. Eu acredito que o importante é ouvir o povo. Depois de ouvir o povo o resto a gente decide no grupo.

Nas campanhas anteriores era comum o ataque a gestões anteriores e a uma má gestão do grupo vermelho. Nessa eleição a base de comparação é o governo do próprio PR. Podemos esperar que essa seja uma campanha marcada pela apresentação de propostas?

Na realidade existe uma continuidade de 12 anos de trabalho. O que é que acontece de ser um candidato do mesmo grupo? É, o povo é quem escolhe. Na realidade o povo me escolheu para que voltasse. Eu tinha 80% de intenção de voto em uma pesquisa. Então, um candidato que tem 80% de intenção de votos ele não pode deixar de estar no pleito eleitoral.

O senhor teve dois mandatos bem avaliados e agora, caso eleito, pode ser que venha a governar num cenário de crise e recessão econômica. Dá para um prefeito fazer um bom mandato num quadro desfavorável como o atual?

Eu acredito que o cenário nacional está se desenhando. Não é como a maioria queria, pelo menos uma boa parte dos políticos não queria isso, mas aconteceu. Eu mesmo não votei em Dilma, mas não sou a favor do impeachment que está sendo realizado. Até porque eu acho que deveria deixar ele terminar o seu mandato e depois viria outro grupo político, outra frente.         Mas aí trocaram seis por meia dúzia e não sei se vale a pena. Mas aí é uma questão nacional. A questão municipal nós temos um FPM que era 1,0 e passou para 1,2, então, quer dizer, teve um adicional de R$ 200.000,00 por mês de dois, três anos para cá e isso facilitou, isso deu uma ajudada para que se mantivesse em dias as contas, que o governo trabalhasse mais ou menos no rumo certo e deu certo. A administração não é ruim. A gente tá falando de eleições que é o povo quem decide, que é o povo que escolhe, independente de administração. O povo não vai eleger um candidato pensando só em administração.

Quais as áreas prioritárias para o nosso município?

A prioridade em qualquer município pequeno é o básico: saúde e educação. Acabei de dizer que nós tínhamos deixado de um consultório odontológico nós deixamos vinte. Para a gente casar a primeira coisa que a gente providencia é uma casa. Então foi o que eu providenciei em oito anos. Vinte escolas reformadas todas na cerâmica, escolas com estrutura para que a criança fosse, tivesse uma melhor condição. Quer dizer, consultórios odontológicos, um aparelho de raio X de última geração, um aparelho de endoscopia, um aparelho de ultrassonografia, tudo isso está sendo montando para que amanhã a população tenha acesso a toda essa rede de atenção básica que o município pode oferecer.

Nossa população vive com medo devido a crescente onda de furtos. Como vai fazer, caso eleito, para que esse quadro se modifique?

A segurança pública é uma questão do estado e não uma questão de município. O que é que nós vamos colocar no nosso município, por exemplo, na avenida Antônio Beliu, na avenida Capitão Justino Alves, nas entradas de Rua Nova, Multirão, Cohab, nós vamos montar um sistema de câmera. O que é que isso vai trazer de ganho para a população? Não há necessidade de o guarda estar na rua três horas da manhã para saber quem está passando, indo ou voltando. Eu acredito que para aquele que vem de carro ou de moto durante as 24 horas do dia vai ter alguém no sistema de câmeras avaliando quem entra e quem sai, principalmente no horário noturno. Acredito que isso não vai intimidar o ladrão, mas vai facilitar para que a gente possa corrigir essa questão de segurança municipal no que a gente puder colaborar com a população.

O maior calo de todo político é a saúde pública. Mesmo com as obras que o senhor diz ter feito, as obras realizadas pelo prefeito Ernandes também na área da saúde, a população ainda reclama da falta de médico na Unidade Justa Maria Bezerra. Dá para resolver esse problema?

A questão médica é um problema que é do Brasil, tanto que foi criado o programa Mais Médicos e tá vindo médico de Cuba. Com esse incentivo, essa ajuda por esse programa que o governo federal criou deu uma ajuda grande aos municípios. Eu lembro que nós tínhamos sete PSF’s e eu nunca consegui ter o sete PSF’s com médico porque o valor pago é pequeno e o médico não ia sair de Recife para passar uma semana em Venturosa pelo valor que o PSF pagava. Então ele prefere ficar lá porque em dois plantões ele ganha o que ganharia em uma semana em Venturosa. Então ele preferia ficar na capital e a vinda desses médicos cubanos deu uma arrumada na atenção básica na maioria dos municípios do Brasil. Agora ainda precisa muito, porque a atenção básica carece do raio X, da ultrassonografia, da endoscopia, do diagnóstico por imagem da maioria das doenças e isso ainda é precário na maioria dos hospitais públicos do Brasil.
  No seu plano de governo existem propostas que contemplem juventude e geração de emprego?

Veja bem, a geração de emprego numa cidade como a nossa seria hipocrisia e seria até assim um desrespeito ao jovem a gente dizer que nós temos um programa desse tipo. Não existe, numa cidade pequena não tem como você fazer. Primeiro, Venturosa não tem água, então, como você traz uma indústria para uma cidade dessa? Mas nós vamos conseguir construir a nossa barragem, que foi comprada a fazenda na época que fui prefeito, foi feito o projeto pelo governador Eduardo Campos, mas infelizmente teve uns contratempos que foi a questão da terra indígena que nós não conseguimos resolver o problema, então foi época em que saí e depois não foi dado continuidade a esse trabalho. Então, acredito que se conseguirmos voltar à prefeitura vamos tentar resolver o problema da falta d’água e acredito que assim será resolvido boa parte dos problemas de Venturosa e principalmente da questão de geração de renda. Só se gera renda como tem como se instalar indústria, se instalar empresas que possam vir com necessidade de uma mão de obra que o nosso município tenha disponível, a bacia leiteira, incentivar o produtor de queijo que também tem a dificuldade no uso da água e tudo isso são consequências que já vem de vários anos e que aos poucos vamos tentar solucionar.

O senhor já foi prefeito antes e agora disputa uma nova eleição. O que não fez em dois mandatos que poderia fazer caso fosse conduzido a um terceiro?
Nós temos dois projetos básicos. O primeiro é água. Uma cidade que não tem água não pode dizer a ninguém e principalmente um prefeito como eu que sendo eleito num terceiro mandato, daqui há dez anos alguém vai dizer: “você passou três mandatos na prefeitura e não corrigiu isso”. E isso é um problema crônico e não depende só do município, mas nós demos o primeiro passo que foi comprar a fazenda, o segundo passo que foi fazer o projeto e o terceiro passo que é ir atrás do recurso para solucionar o maior problema do nosso município que é a falta d’água 

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